Três longas-metragens baianos estreiam no Canal Brasil em novembro

Os filmes “Filho de Boi”, “Môa, Raiz Afro Mãe” e “1798 – Revolta dos Búzios” abordam diferentes contextos da história da Bahia

Na primeira quinzena de novembro (1/11, 12/11 e 15/11), o Canal Brasil exibe três longas-metragens inéditos que jogam luz sobre o cinema baiano e exploram diversas questões regionais, como a situação do sertão hoje, a reafricanização do carnaval nos anos 1970 e 1980 e a luta pela independência da capitania baiana na época do Brasil colônia. Serão exibidos os longas-metragens “Filho de Boi”, de Haroldo Borges, “Môa, Raiz Afro Mãe”, de Gustavo McNair e “1798 – Revolta dos Búzios”, de Antônio Olavo.

No dia 1º de novembro, às 22h45, estreia “Filho de Boi”, primeiro longa-metragem de ficção dirigido por Haroldo Borges. Isolado e sem amigos, João (João Pedro Dias) é um garoto de 13 anos que vive no sertão da Bahia com o pai (Luiz Carlos Vasconcelos), mas não tem uma boa relação com ele. A chegada de um circo no local faz brilhar seus olhos e o ajuda a confrontar seus medos e tristezas.

Já no dia 12 de novembro, às 21h30, o documentário “Môa, Raiz Afro Mãe”, de Gustavo McNair, chega ao Canal Brasil contando a trajetória do Mestre Môa do Katendê (1954-2018), compositor, capoeirista e educador da cultura afro-brasileira que revolucionou a cultura carnavalesca na Bahia entre os anos de 1970 e 1980. O longa conta com as participações de Gilberto Gil, Vovô Do Ilê, Chico César e Fabiana Cozza. Mestre Môa levou mais oito mil pessoas às ruas para promover manifestações negras, influenciando uma geração de artistas da música popular brasileira. Môa foi assassinado em 2018, em Salvador, depois de votar nas eleições presidenciais.

Romualdo Rosário da Costa, conhecido como Mestre Môa do Katendê. Foto: Divulgação

Outro documentário baiano que chega ao Canal Brasil em novembro é “1798 – Revolta dos Búzios”, de Antônio Olavo. Um dos acontecimentos mais importantes da história do Brasil em 1798, a revolta foi inspirada em ideais iluministas da Revolução Francesa, que pretendia derrubar o governo colonial e proclamar a independência. O filme se baseia nos Autos da Devassa, documentos históricos datados de agosto de 1798 a novembro de 1799, que reúnem desdobramentos do levante e depoimentos de mais de 70 pessoas envolvidas.

“Filho de Boi” (2019) (91’)

Horário: Sexta, dia 1/11, às 22h45

Classificação: 14 anos

Direção: Haroldo Borges

Sinopse: O drama acompanha João (João Pedro Dias), um garoto de 13 anos que vive no sertão da Bahia. Isolado, sem amigos e com um vínculo rompido com o pai (Luiz Carlos Vasconcelos), ele almeja deixar a pequena cidade. A chegada de um circo ao povoado oferece uma chance para João fazer amizade com um palhaço, que o incentiva a confrontar seus medos. O garoto vê nisso uma oportunidade de fugir e se apaixona pelo mundo do circo.

“Môa, Raiz Afro Mãe” (2022) (100′)

Horário: Quinta, dia 12/11, às 21h30

Classificação: 12 anos

Direção: Gustavo McNair

Sinopse: O documentário explora a vida e a trajetória de Môa do Katendê, um músico e capoeirista. Ele é conhecido por seu papel como compositor, mestre de capoeira e figura central na resistência cultural, desempenhando um papel crucial na transformação do carnaval baiano através da popularização dos blocos afro.

“1798 – Revolta dos Búzios” (2024) (76′)

Horário: Quinta, dia 14/11, às 21h

Classificação: 12 anos

Direção: Antônio Olavo

Sinopse: A Revolta dos Búzios, um dos marcos cruciais da história brasileira, desenrolou-se na Bahia em 1798, deixando um legado duradouro de resistência e luta por liberdade. Inspirado pelos ideais iluministas da Revolução Francesa centenas de homens negros planejaram um Levante com o objetivo de derrubar o governo colonial, proclamar a independência e implantar uma República democrática, livre da escravidão.

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