A Polícia Civil da Bahia investiga se o chef espanhol David Pegrina Capó, que foi morto a tiros em Porto Seguro, no extremo sul do estado, teria deixado a Europa foragido da Justiça. A informação foi divulgada pelo jornal Diario de Mallorca e a polícia confirmou que apura a situação.
De acordo com o jornal espanhol, o chef teria sido condenado duas vezes na Espanha por fraude, apropriação indébita e falsificação de documentos. Ainda conforme informou o Diario de Mallorca, ele foi diretor de uma agência bancária e entre 2003 e 2004, dirigiu um esquema que fraudou cerca de dois milhões de euros através da concessão de hipotecas falsas.
Apesar de ter sido condenado, os mandados de prisão expedidos contra ele na Europa foram anulados por causa do tempo do crime, que já tem cerca de 20 anos. Ainda não há informações se o crime de Porto Seguro tem relação com o crime que o chef é suspeito de cometer na Espanha.
O chef espanhol e a esposa foram encontrados mortos no restaurante “Os Ribeirinhos”, que também era onde o casal morava. O estabelecimento fica na margem do Rio Buranhém, na Ilha do Pau do Macaco.
David estava com marcas de tiros dentro de casa, enquanto a esposa dela, a baiana Érica da Silva Santos, de 38 anos, estava na parte externa. Ela estava sem roupa, mas as investigações apontaram que ela não foi vítima de abuso sexual.
Além do casal, o filho de Érica vivia no imóvel, mas não estava no local no momento do crime. A Polícia Civil de Porto Seguro trabalha com a hipótese de que o casal foi executado, pois não havia indícios de roubo no local do crime e a única forma de chegar ao restaurante era através do rio, o que torna o acesso complicado.
A polícia estuda quebrar os sigilos bancário e telefônicos de David e Érica para ter mais pistas sobre a motivação e autoria dos homicídios.
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