Estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana se unem contra greve na instituição

Universidade Estadual de Feira de Santana

Estudantes da UEFS se unem pelo fim da greve estudantil instaurada desde o dia 06 de outubro de 2023, que reúne, em grupo no whatsapp, cerca de 900 estudantes contrários à mobilização. 

Organizados pelo fim da greve, os estudantes de cursos diversos se uniram nas redes sociais e criaram a página no Instagram @pelofimdagrevenauefs, com o objetivo de mobilizar a comunidade acadêmica e outros em desfavor do movimento que já apresenta graves impactos na vida de estudantes, professores, servidores, entre outros usuários dos serviços públicos oferecidos pela Universidade.

A greve estudantil foi decretada no dia 06 de outubro, numa votação apertada de 806 estudantes favoráveis contra 700 estudantes contrários à paralisação. É uma votação histórica, diante da forte polarização que se criou na comunidade estudantil. 

O que se viu a partir da sua deflagração foi a total ausência de responsabilidade do Movimento Estudantil que se apoderou das pautas legítimas dos estudantes para promoção política pessoal. 

Com o crescimento da página, foram recebidos relatos dos impactos que afetam os estudantes e a comunidade acadêmica como um todo. A UEFS viva é a vida dessas pessoas e não é possível deixar que um grupo minoritário se apodere das pautas legítimas, das quais, não há estudantes contrários, afinal, a busca pela melhoria da UEFS é positiva para todas as pessoas. 

Porém, os impactos infelizmente vão interferir na vida de muitos indivíduos que não terão como permanecer na Universidade, no seu trabalho, nas residências universitárias e residências, majoritariamente, estudantes que estão localizadas no bairro Feira VI. Isto porque o Comando de Mobilização (lideranças grevistas) ocupou a reitoria da Universidade, impedindo o acesso de servidores aos computadores para realização dos pagamentos de bolsas, auxílios e pagamentos diversos, inclusive, da classe trabalhadora da UEFS.

Essas são pessoas que dependem das atividades da UEFS para tirarem seu sustento e sobreviverem mesmo com todas as dificuldades do dia a dia. Afinal, ficarão sem aulas, sem trabalhar nas cantinas, sem receber pagamentos de bolsas, sem o devido funcionamento do programa do Governo do Estado, Universidade Para Todos (UPT), sem a possibilidade de participarem da Feira de Graduação, entre outros serviços públicos que realizam atendimento ao público, especialmente, na área de saúde da comunidade externa

O Comando de Mobilização levantou pautas irreais que impedem, a curto prazo, o encerramento da mobilização grevista, além de dificultarem as tratativas com a reitoria, que já vem buscando, de forma pacífica, atender a algumas das reinvindicações. No primeiro dia de greve, a principal pauta, que era a contratação de professores, já estava sendo encaminhada, e, ainda assim, os grevistas continuam ocupando a reitoria para realização, precipuamente, de feijoadas, faxinaço, convocação para assistir ao eclipse solar e luau de greve, a despeito da paralização das negociações. 

Ou seja, o movimento grevista, em total despreocupação com as suas próprias pautas, vem prejudicando a vida dos estudantes e comunidade acadêmica, sem previsão de encerramento da paralisação. Por esses motivos, a página do instagram do movimento @pelofimdagrevenauefs, que já tentou diversos contatos com o movimento grevista para apresentar seu posicionamento, tem recebido diversos relatos e apoio de grande parte da comunidade acadêmica contrária a um movimento radical, que não aceita o diálogo, e indisposto a negociar verdadeiros ganhos à vida da comunidade da UEFS. 

Enquanto isso, a Universidade permanece com pórticos fechados por um grupo de, no máximo, 15 pessoas, por um cordão caseiro, cartazes e madeira de demolição, gerando custos infindáveis ao Estado com a Universidade funcionando para que os poucos estudantes que aderiram ao movimento radical durmam na reitoria e realizem “Cinema de Greve”.

*Texto de autoria da liderança contra greve na Instituição

1 Comentário

  1. A greve é absurda. Todas as pautas dependem do governo do Estado e a Universidade impedida de cumprir sua função social por questões aparentemente políticas. Urge a necessidade de encerrar o movimento.

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