Os velejadores, bicampeões brasileiros da Classe Snipe e medalhas de bronze no último Pan-Americano, vão disputar o Campeonato do Hemisfério Ocidental e Ásia, em Algarrobo, na costa chilena do Pacífico, com a missão de tentar garantir uma vaga para o Brasil no Pan-Americano
A dupla baiana Juliana Duque e Rafael Martins, que em janeiro conquistou o bicampeonato brasileiro de Snipe, viaja para o Chile, onde vai disputar, de 14 a 19 de março, o Campeonato do Hemisfério Ocidental e Ásia (WH&A) da Classe Snipe. O campeonato vai acontecer em Algarrobo, pequena cidade na costa chilena e considerada a capital náutica do Chile. A competição, que acontece a cada dois anos, é uma das mais importantes para vela mundial e esse ano terá uma relevância maior ainda, pois vai classificar dois países para os Jogos Pan-Americanos, que vão acontecer em outubro, no Chile também.
“Estamos nos preparando para lutar por uma vaga para a vela brasileira no Pan”, afirma Juliana Duque. “Em 2019, ficamos com a medalha de bronze no Pan-Americano, no Peru, queremos representar o Brasil pela segunda vez nos Jogos”, reforça Rafael Martins.
Mesmo que a dupla de velejadores conquiste a vaga para o Brasil participar do Pan-Americano na Classe Snipe, os atletas que disputarão os Jogos Pan-Americanos ainda serão definidos durante uma competição seletiva em Arraial do Cabo (RJ), no fim de maio.
O desafio é árduo, exige muito treino técnico, resistência, concentração e preparação física e psicológica, além de táticas de vela e conhecimentos específicos sobre meteorologia, hidrodinâmica.
Aliado a isso tudo, os velejadores baianos ainda dedicam tempo para cuidar de suas carreiras e correr em busca de patrocínios que possibilitem continuar treinando em direção a um sonho: as Olimpíadas da França, em 2024.
“Somos atletas profissionais de vela e queremos continuar representando a Bahia e o Brasil nas competições internacionais”, lembra Rafael Martins.
Dupla na vida e no barco
Atletas do Yacht Clube da Bahia, Juliana e Rafael se conheceram no clube. A paixão pela vela e pelo mar fez com que se tornassem grandes amigos. Não demorou muito e começaram a namorar. Hoje são casados e, além de uma vida em comum, dividem o mesmo barco desde 2016 como atletas profissionais.
Competindo na classe Snipe, a dupla já conquistou inúmeros títulos nacionais e internacionais, como o Campeonato Sulamericano, o segundo lugar no Campeonato do Hemisfério Ocidental e o bronze no último Pan-Americano, dentre outras conquistas.
O snipe é um veleiro monotipo de 4,7m de comprimento e duas velas para dois tripulantes (timoneiro e proeiro). É considerada a classe de vela que mais formou medalhistas olímpicos e Pan-Americanos para o Brasil. Projetado em 1931 pelo norte-americano William Crosby, o Snipe
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