O juiz de direito Gustavo Henrique Almeida Lyra, titular da Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Ilhéus, negou liberdade ao policial militar suspeito de matar o pastor Alison Santos da Rocha, conhecido como Panda.
O PM Ricardo Santos Ribeiro está preso preventivamente. Ele é acusado de participar de uma suposta operação da polícia militar denominada de Aerosul, na tarde do dia 18 de junho desse ano, que resultou na morte do Pastor Panda. A vítima saia da igreja Primitiva, na Rua da Felicidade, bairro Nossa Senhora da Vitória, quando foi atingida pelos tiros.
Na decisão, o juiz justifica que a manutenção da prisão do PM tem por fundamento, o resguardo da ordem pública, e não a gravidade do delito investigado, levando a denegação do pedido da defesa constituída.
O juiz Gustavo Lyra reforça, ainda, em sua decisão que o policial militar é suspeito no envolvimento de outros homicídios qualificados consumados e tentados, demonstrando o perigo inconteste a liberdade do mesmo, evitando que o investigado possa praticar novos crimes.
A operação
Na época, a Polícia Militar informou que equipes da 69ª CIPM faziam uma operação na localidade conhecida como Tangerina, quando um grupo de homens armados viram os policiais e efetuaram disparos de armas de fogo. Houve um revide e os suspeitos fugiram. Em seguida, a corporação disse que foi acionada por moradores informando que um homem havia sido atingido por tiro na Rua da Matriz, no mesmo bairro.
Ainda conforme a PM, outra equipe chegou ao local e encontrou a vítima amparada por moradores, que disseram que ele havia sido atingido durante a troca de tiros. A polícia disse que socorreu o homem e o encaminhou aos cuidados de socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a vítima não resistiu aos ferimentos.
Na ocasião, a ocorrência foi registrada na 7ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin).
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