Na tarde desta segunda-feira (25), aconteceu no plenário da Câmara Municipal de Ilhéus a Audiência Pública para marcar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, proposta pela Frente Parlamentar de Mulheres, através da vereadora Enilda Mendonça (PT). “Fazemos esses encontros com o objetivo de fomentar o debate para que possamos ocupar os espaços de poder em nossa sociedade e fortalecer a luta das mulheres negras para que consigamos alcançar as políticas públicas contra o racismo”, enfatizou Enilda.
O vereador Cláudio Magalhães (PCdoB) também participou da Audiência Pública dizendo que fica feliz por ter sempre colaborado no legislativo com políticas de gênero, “hoje estou aqui para ouvir, porque é um aprendizado sempre todo esse conteúdo sobre nossa ancestralidade”, comentou o edil. A abertura da Audiência contou com a presença da Profª Dr.ª em sociologia Flávia Alessandra da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) que comentou sobre algumas narrativas de vivência de mulheres negras que falam sobre interseccionalidades. “Há aqui uma questão de raça, gênero, classe, geração e questões vinculadas a discriminações que se articulam”.
A Frente Parlamentar de Mulheres do Poder Legislativo convidou outras mulheres negras do município que representam diversas entidades e grupos sociais em combate ao racismo como Tereza Sá, professora da UESC e atriz; Mariza Batista, psicóloga da Defensoria Pública; Hélia Palma, representando o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher; Cristiane Calabraro, da União Brasileira de Mulheres (UBM); Mirety Di Biachio, do Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (FONATRANS); Noemia Neves, da Associação de Pessoas com Doenças Falciforme de Ilhéus; Sheila Carvalho, Conselheira Tutelar; Rita Maria, do Movimento Negro Unificado; Carlos Mabogi, representante do Axé; Lisdeili Nobre, da Polícia Civil; Makrisi, ex vereador de Ilhéus pelo Partido dos Trabalhadores.
No dia 25 de julho é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data foi inspirada no Primeiro Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas em 1992, onde feministas negras de trinta e dois países se reuniram na República Dominicana. O evento deu visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo. No Brasil, a Lei 12.987, de 2014, estabeleceu também a celebração do Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
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