Moradores de Itabuna denunciam golpe após tentarem comprar carros e imóveis; polícia estima prejuízo de mais de R$ 200 mil

Moradores de Itabuna afirmaram que foram vítimas de um golpe quando tentaram comprar carros e imóveis. Segundo eles, os suspeitos pedem um valor de entrada para compra e depois simplesmente desaparecem. 

De acordo com a Polícia Civil da cidade, ao menos 15 pessoas registraram Boletim de Ocorrência, desde 2021, relatando o mesmo caso. O prejuízo já ultrapassa o valor de R$ 200 mil.

O entregador Alessandro Silva dos Santos relata ter sido uma das vítimas do golpe. Ele sonhava em comprar a casa própria e deu entrada de R$ 5 mil aos supostos vendedores.

“Entrei em contato com eles, que prometiam [que a entrega seria] hoje ou amanhã e nada. Fui no escritório deles e quando cheguei lá, dei de cara com uma menina de uma loja de roupas [que fica próximo ao local]. Ela falou que eles tinham ido embora e que a gente tinha caído em um golpe”, relatou.

Outra pessoa, que não quis se identificar, também conta ter sido vvítima do golpe, mas o caso dele ocorreu quando tentou comprar um carro.

“Ele [golpista] falou bem assim: ‘você pode dar uma entrada’? Eu falei: ‘Posso. Uma entrada de quanto?’. Ele falou: ‘a entrada é de R$ 3,2 mil, mas eu consigo baixar para R$ 2,2 mil. Você pode fazer o pagamento agora?’. Aí eu fiz [o pagamento de] R$ 2,2 mil e ele me deu o papel do contrato”, afirmou.

O caso aconteceu em novembro de 2021 e o suspeito garantiu que o homem estaria com o veículo no mês seguinte, em 5 de dezembro.

“Liguei e não consegui falar com ele, me bloquearam e sumiram. Eu fui no escritório deles, mas quando cheguei lá a sala estava vazia, não tinha nada, levaram tudo”.

De acordo com os investigadores, ao menos um dos três suspeitos de estelionato já têm passagens pela polícia. Os crimes, no entanto, não foram detalhados. Os criminosos atuavam em Itabuna desde julho do ano passado, conforme explica o investigador da Polícia Civil, Marlon Soares.

“Os três que estão na linha de frente do delito não são de Itabuna. São de Salvador, Jequié e Simões Filho. Mas eles se instalam nas cidades, praticam o modus operandi [modo de operação] para constituir novas vítimas”, explica o delegado.

*G1

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