Bancos fecham as portas em 36 cidades baianas

Até 2018, quem precisasse sacar dinheiro em Olindina, cidade de 22,6 mil habitantes localizada no nordeste da Bahia, tinha algumas opções. Três delas eram formais: duas agências bancárias e uma lotérica. As outras, são os ‘pontos de saque’, onde comerciantes representam os bancos de maneira informal. Daquele ano para cá, o Banco do Brasil fechou a unidade no município e a única agência que sobrou, do Bradesco, fechará as portas neste mês. A situação se repete em diversas regiões do interior, onde os moradores sentem na pele as consequências do abandono.

Welinton Pinheiro retornou à cidade onde nasceu neste ano, e bastou apenas alguns dias para perceber a falta que um banco físico faz. Precisava sacar dinheiro para fazer um pagamento, e a única opção era uma lotérica com filas. E a previsão é que a situação fique ainda mais difícil em Olindina, onde a única agência bancária já anunciou o fechamento.

“Me indicaram um ponto de saque, que funcionam assim: os moradores pagam alguma conta em determinado comércio da cidade. Aí chega uma outra pessoa que quer sacar, por exemplo, R$ 1 mil, e o ponto só tem R$ 500. É preciso esperar que entre mais R$ 500 de pagamentos para que o saque de R$ 1 mil seja autorizado”, explica Welinton Pinheiro, que é natural de Olindina e vive em Salvador. A informalidade é o jeito que os moradores enfrentam para driblar as dificuldades.

*Correio 24h

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