Instituto com histórico de erros grotescos e polêmicas judiciais registra nova pesquisa em Barro Alto-BA

O instituto Âncora Pesquisas e Publicidade LTDA, que registrou neste domingo (29/09) uma nova pesquisa para Barro Alto, tem um histórico de erros grotescos e resultados controversos em levantamentos de intenções de votos em cidades da Bahia. A pesquisa, contratada por R$ 20 mil, tem previsão de publicação para o próximo sábado (05/10).

Apurações realizadas revela que um dos resultados mais estranhos ocorreu em 2016 na disputa eleitoral em Irecê. A pesquisa da Âncora publicada a poucos dias da eleição apontava o então prefeito e candidato à reeleição Luizinho Sobral, à época filiado ao antigo PTN (atual Podemos), com larga vantagem na liderança.

Luizinho liderava com 61,3%, contra 29,3% de Elmo Vaz (PSB). Ou seja, uma diferença de mais de 30 pontos. Entretanto, quando as urnas foram abertas, Elmo Vaz venceu a disputa eleitoral contra Luizinho por 51,13% a 48,72%.Foi encontrado ainda outros exemplos de erros grotescos do instituto. Às vésperas das eleições de 2020, no dia 14 de novembro, um dia antes da votação, o instituto apontava no município de Jussara, a vitória de Thiago de Maristela (PSD) contra Tacinho Mendes (PP) por 47,8% a 43,8%. Contudo, diferentemente da pesquisa, Tacinho venceu por 52,65% a 47,35%.

Ainda nas eleições de 2020, o instituto fez uma pesquisa no próprio município de Barro Alto, que apontava vitória do então prefeito Orlando Amorim (PL) contra DADÊ (PSB). O levantamento dizia que o prefeito com 42,6% das intenções de voto contra 39,6% de seu adversário. No final, Orlando venceu por 50,50% a 49,50%, uma diferença de apenas 1% correspondente a 88 votos.

Também nas eleições de 2020, o instituto fez uma pesquisa em São Domingos que apontava vitória do então prefeito Izaque Júnior (MDB) contra Ilário Carneiro (PSD). O levantamento dizia que o prefeito com 49,8% das intenções de voto contra 42,1% de seu adversário. No final, Ilário venceu por 52,49% a 47,51%Polêmicas judiciais – Nos últimos anos, a Âncora tem tido problemas judiciais devido a pesquisas questionadas. Neste ano, por exemplo, a Justiça Eleitoral obrigou o instituto a conceder informações sobre pesquisa realizada em Ibititá devido a suspeitas de irregularidades.

Na decisão, a Justiça pediu que a empresa forneça dados, “incluindo documentos, planilhas, arquivos individuais, mapas, tabelas, gráficos ou equivalente, que embasaram a conclusão da pesquisa eleitoral, especificamente quanto ao levantamento dos dados incluindo documentos, planilhas, arquivos individuais, mapas, tabelas, gráficos ou equivalente, que embasaram a conclusão da pesquisa eleitoral”.

Em 2016, em Irecê, a Justiça chegou a suspender a divulgação de duas pesquisas eleitorais após julgar as representações movidas pela coligação “Uma Nova Irecê Para Cuidar de Você”, do então candidato Elmo Vaz.No ultimo dia 28 (sábado) o TRE-BA determinou a suspensão de mais uma pesquisa realizada pelo o Instituto em Lauro de Freitas, por não atender os requisitos legais exigidos.

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