Muito se tem falado no crescimento da educação a distância (EaD) nos últimos anos. Dados amplamente divulgados mostram que a modalidade cresceu exponencialmente: presente em 3.129 municípios de acordo com o Censo da Educação Superior de 2022, foram 3 milhões de ingressantes em cursos de graduação EaD no mesmo ano.
Também em 2022, as matrículas da modalidade aumentaram 87%, quando comparadas com 2014. Já em relação ao número de cursos de graduação oferecidos, o salto foi ainda maior: 700% nos últimos dez anos (de 1.148 cursos em 2012 para 9.186 em 2022).
Chegando aonde nenhuma instituição presencial chega, atualmente EaD é a responsável pela expansão da educação superior no Brasil, além de ser a principal opção, mesmo em localidades onde há ensino presencial, para aqueles que não conseguem ter acesso às instituições tradicionais devido a barreiras financeiras, sociais, culturais, de acessibilidade e de mobilidade urbana.
A EaD capacita os brasileiros desde o final do século XIX, quando os primeiros cursos de datilografia via carta ministrados por professores particulares eram anunciados em jornais da época.
Em outros lugares do mundo, como os Estados Unidos, a educação a distância é ainda mais antiga: há registro de um curso de taquigrafia anunciado em um jornal de Boston no ano de 1728.
A EaD utiliza-se da tecnologia disponível em cada época para ensinar. Os cursos por correspondência se mantiveram ativos por décadas e ganharam importantes aliados com os adventos do rádio e da televisão.
Com a disseminação da internet – em 2022, chegou a 87,2% o percentual da população brasileira que usa a rede mundial de computadores. Com isso, a educação a distância deu um salto e chegou ao ensino superior, proporcionando a milhões de pessoas uma nova oportunidade: a de cursar uma graduação.
E, quanto mais a tecnologia avança, mais ferramentas os alunos de cursos EaD dispõem para o aprendizado: inteligência artificial, realidades virtual e aumentada, bibliotecas online, laboratórios virtuais e fóruns de discussão, por exemplo, estão entre as tecnologias utilizadas para incrementar a modalidade EaD.
A EaD busca democratizar o acesso ao conhecimento, levando-o aos cantos mais longínquos e proporcionando oportunidades reais de inclusão, acessibilidade, interiorização e empregabilidade.
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