O que leva uma prefeitura a deixar de utilizar os serviços de uma empresa que é referência no seguimento de distribuição de oxigênio medicinal?
A White Martins é a maior empresa de gases industriais e medicinais da América Latina, estando presente em sete países do continente, os quais abrangem mais de 5 mil colaboradores. Em todo o mundo, a White Martins reúne cerca de 80 mil funcionários com filiais em mais de 100 países.
Como dizia Octavio Mangabeira que governou a Bahia no ano de 1947, depois de se espantar muitas vezes com o que via, ele disse ” Pense em um absurdo, na Bahia tem precedente”.
Todos sabemos como é terrível quando você confia em alguém e essa pessoa te passa um calote. Muitas vezes, mesmo após inúmeras cobranças você não recebe o seu pagamento. Foi exatamento o que aconteceu com a White Martins, após cobrar uma dívida de mais de 1 milhão de reais. A empresa recebeu como forma de pagamento um processo administrativo movido pela Prefeitura Teixeira de Freitas representada neste ato pela PGM (Procuradoria Geral do Município), através do Procurador Geral Leandro Saboia Laudano Santos, com o objetivo de instaurar o Processo Administrativo em face da Empresa WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS DO NORDESTE S.A. com fito de apurar irregularidades no contrato n.º 3-968-2021, Pregão Presencial para ARP n.º 000101/2021, firmado com o Município de Teixeira de Freitas.
Dentre as supostas irregularidades cometida pela referida empresa, está a ameaça de suspenção do fornecimento de oxigênio, prestar o serviço de forma irregular e desordenada, e pasmem os senhores, a prefeitura na pessoa do procurador acusa a empresa de que não guardou o sigilo necessário das comunicações formais com o ente público, entregando cópia de documentos à imprensa.
O que causa estranheza é que a prefeitura só notou todos esses problemas depois da cobrança por parte da empresa e de reportagens, informando à população sobra a dívida milionária que estava sendo cobrada pela a White Martins. A reportagem foi publicada no dia (22/02) e na noite desse mesmo dia o Diário Oficial publicou o processo adminstrativo em desfavor da empresa.
Segundo informações apuradas pela reportagem, o prefeito Marcelo Belitardo ficou contrariado e não gostou de ter sido cobrado e notificado pela empresa e nem ter visto seu governo exposto por vários veiculos de comunicação, assim revelando uma má gestão dos recursos públicos oriundo da saúde, fazendo com que a população o veja como mal pagador.
No entanto, algumas perguntas precisam de respostas por parte do prefeito Marcelo Belitardo sobre esses fatos apresentado no processo administrativo, como por exemplo: Em mais de três anos prestando serviço de maneira irregular, por que somente agora, depois da cobrança por parte da empresa é que a prefeitura resolveu abrir esse processo? Outra pergunta que cabe ser feita é que um dos princípios básicos da administração pública é a publicidade, no entanto a prefeitura alega que a empresa vazou as informações à imprensa. É importante resaltar ao procurador Leandro Saboia que ele deve ter faltado a essa aula ou quem sabe precise fazer uma reciclagem jurídica com urgência, pois é sabido por todos que não existe sigilo quando o assunto trata de documentos públicos, pois a licitação não é sigilosa, sendo públicos e acessíveis todos os seus atos e seus procedimentos, pois o dinheiro do povo deve ser tratado com zelo e total transparência.
Por fim, a pergunta que a população está se fazendo é a seguinte: Por que a Prefeitura de Teixeira de Freitas não pagou a empresa fornecedora de oxigênio a ponto de se estabelecer este imbróglio? O que há por trás desse Processo Administrativo e qual o seu verdadeiro objetivo?
Entramos em contato com a empresa que disse em nota: “A White Martins informa que permanece em contato com a Prefeitura de Teixeira de Freitas para tratar do fornecimento de oxigênio medicinal às unidades de saúde locais”.
A prefeitura como sempre não respondeu ao nosso contato.
*Via Zero Hora News
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