O coordenador regional Evy Paternostro da 6.ª Coorpin convocou uma coletiva de imprensa nesta tarde (21), para informar a população sobre o triste fim do caso Vera Lúcia. A idosa estava desaparecida desde o dia 19/07 quando seus filhos foram notificados de sua ausência.
O delegado afirmou que houve um indicativo de violência na casa dela, quando a perícia foi realizada no local. Após confirmar a solicitação de um milhão de reais aos familiares, a entrega de cartões de crédito e um talão de cheques assinados, como prova indireta de vida, a investigação foi direcionada para uma possível extorsão mediante sequestro.
À espera de um novo contato do sequestrador, a polícia tomou todas as medidas cabíveis em relação à proteção de dona Vera e dos familiares, porém o mesmo exigia a saída da imprensa e dos investigadores para a entrega da idosa.
Conforme os bilhetes escritos a mão, a caligrafia segue um padrão enquadrado, o português formal sugere uma pessoa estudada, além de uma concordância gramatical. Não foi revelado o meio que o suposto sequestrador contactou a família. Ao passar os dias, a investigação sugeriu ser possível a morte.
“Tirem a polícia do caso, com urgência pro bem de Vera, parentes são culpados de tudo. São 3 contatos com esse. Queremos um milhão até amanhã.”, dizia um dos bilhetes mostrados pela perícia, até a pontuação ser bem colocada.
Houve uma comunicação entre as delegacias de Ilhéus e Itabuna para um possível reconhecimento de algum corpo feminino, que foi encontrado dias depois. Evy relatou que o tempo cronológico da deterioração do cadáver não condiz com as estudadas na literatura forense.
O Delegado, e Marco Antônio, coordenador dos DPTs de toda Bahia, afirmaram que as investigações continuarão em sigilo para não atrapalhar a solução do crime. Os peritos continuam os trabalhos de pesquisa para justificar o encontrado.
Os restos mortais estavam acelerados no processo de decomposição, visto que na medicina legal, não há relatos do que foi encontrado. Um cadáver totalmente esqueletizado, sendo incompatível com o período atual.
Sem vestes ou outro vestígios para nortear a perícia, a odontologia legal foi o meio utilizado para comparar e identificar mediante uma radiografia panorâmica dentária. Com a ajuda de cinco peritos envolvidos, conseguiram a identificação da ossada. O corpo foi liberado para a família angustiada.
As medidas tomadas no passado aguardam resultados, reafirmou Evy, mas as do presente não serão reveladas para não atrapalhar a investigação. A polícia ainda trata como extorsão mediante sequestro, com resultado em morte. E o meio de comunicação e a entrega dos bilhetes não foi revelado. Ainda não há autoria do crime, segue a investigação em curso.
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