De 1º de novembro de 2021 até 11 de janeiro deste ano, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) registrou 1.872 casos de Influenza A, do tipo H3N2, distribuídos em 163 municípios. Deste total, 1.006 (53,7%) são residentes em Salvador.
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia, dos 1.872 casos, 390 evoluíram para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e necessitaram de internação, com 72 pacientes vindo a falecer, caracterizando uma letalidade de 18,5%. Os óbitos foram registrados em residentes de Salvador (49), Feira de Santana (5), Canavieiras (2), Ilhéus (2) e Mulungu do Morro (2). Os outros municípios que apresentaram óbitos foram: Cabaceiras do Paraguaçu, Camaçari, Candeias, Catu, Guanambi, Itagimirim, Laje, Maragogipe, Sapeaçu, Teixeira de Freitas, Urandi e Valença.
Do total de óbitos, 37 (51,4%) ocorreram no sexo feminino e 35 (48,6%) no sexo masculino. A maioria ocorreu na faixa etária acima de 80 anos (38 óbitos; 52,8%). Os outros ocorreram nas faixas de 70 a 79 anos (8 óbitos), 60 a 69 anos (8), 50 a 59 anos (9), 40 a 49 anos (4), 30 a 39 anos (3) e 10 a 14 anos (2). Verificou-se presença de comorbidades e/ou condições de risco para o agravamento da doença em 56 (77,8%) óbitos. Quanto aos antecedentes vacinais, observou-se que apenas 8 dos 72 casos que evoluíram à óbito foram vacinados contra Influenza.
Neste contexto, cabe reforçar que os casos de SRAG requerem notificação compulsória imediata para adoção de medidas pertinentes de prevenção, controle e tratamento da Influenza, para a qual, diferentemente da COVID-19, existe opção terapêutica eficaz para impedir uma evolução desfavorável do quadro clínico (oseltamivir).
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